Acho que tem dores que são crônicas. Que alguns seres extrassenssiveis, tem a desventura de nascer com elas e a medida que crescem elas se alimentam do seu organismo e vão consumindo, o que há de bom, o que há de mal. Vão nos consumindo. Talvez seja algo que parte do extrassensorial, e que por partir de algo que não tange, é tão inexplicável, implacável, incurável. Não tem tratamento médico, não tem diagnóstico. Só se sabe que dói. E que essa dor é tão grande que, em momentos, parece não ser mais suportável. É tanta sensibilidade, que de sensíveis, somos brutos. Sem lápidar nenhum, crus e tão vulneráveis as dores e fragilidades do mundo.Talvez não tenhamos tato para apalpar as intimidades do mundo, e do medo de errar sofremos por antecipação, preferindo assim não arriscar o toque.
E sofremos mais e mais, pelo que é feito, pelo que é desfeito, pelo que nem tentamos.
Inconformidade tamanha que mal se sabe o que fazer para agradar tanta insatisfação.
Acho que herdamos algumas particulas cósmicas do Cash. E vamos levar a vida toda essa dor crônica, esse desencontro, essa falta de norte.
Hoje eu parei de me culpar.
Voltei a fumar e a por a culpa nele,
repartir a dor em meio a canções.
Escrevo-lhe em busca de um fim a nossa relação. Sei que durante um ano, é um dos poucos sentimentos que tenho certeza que não me abandona, mas gostaria muito de findar definitivamente a nossa relação.
Entenda que, não o desprezo, tão pouco o renego e o ignoro tua presença. Sei que está aí e sempre estivestes comigo, mas ando precisando de um tempo, ando precisando por em ordem a minha vida, ando precisando rever meus conceitos. E para isso, companheiro, não posso permitir que estejas assim tão presente em mim.
Tua presença, meu caro tem me causado noites de pouco sono, cansaço excessivo e doses cavalares de outros temperos amargos da vida. Por culpa tua, ando enxugando lágrimas em maços de cigarros, ando soprando meus sonhos junto com a fumaça, e mordendo os lábios para aliviar as dores da alma.
Espero que não fiques magoado comigo, mas na ultima cartada eu pretendo te abandonar e seguir sozinha, pois tua companhia, já não alimenta mais nem mesmo a poesia.
Ando cansada...
é um cansaço que vem de longe, que pesa quilos, que doí as palpebras.
Cansaço da alma, de coisas que não são minhas, cansaço de atriz. Tudo pesa.
Basta chegar e a força some, enfraqueço brutalmente, é quase um nocaute a minha determinação...
Pior, que tem horas que eu morro de vontade de desistir... Para quê? ficar o tempo todo provando, sorrindo, falseando, não é um tango que eu costume dançar, tão pouco gosto. Entretanto, como vivo querendo mais, varro para o lado tanta vontade, e dou jeito de tapear a estafa...
Mas eu precisava dizer que cansa, que me consome, e que eu não vou, em hipótese alguma desistir.
Tem milhares de textos no rascunho...
após, acordar as 5p.m no domingo,
e me debater entre angustias tolas
percebi que escrever não é saudável
vou economizar espirros e lágrimas
vou republicar velhos belos escritos.
Para tentar dialogar com o abandono deste lar, doce lar!, fui atrás de significados para os termos transitório e temporal.
Achei em páginas e dicionários palavras com dimensões incomensuráveis. Adjetivo esse que também agregei as minhas significações.
Mas para que o incomensúravel realmente tenha significância, fiquei eu sentido a necessidade de agregá-lo um verbo, desses generalistas, abrangentes e até piegas.
assim escolhi minhas hash tags atuais:
#viver #incomensuravel #transitório #temporal
Assim encerro esse post sem tempo, sem argumento, sem pensamento.. livre, leve, ouvindo, vendo e trocando uma idéia com o Lenine, à beira mar...