quinta-feira, junho 05, 2008

Na íntegra

Pressão no trabalho prejudica a criatividade

Conclusão é resultado de estudo realizado na UnB

Publicado em 30/05/2008 - 12:31

Estabelecer metas e cobrar resultados de maneira ponderada e equilibrada são estratégias que podem incentivar o funcionário a ser mais criativo. Essa foi a conclusão da dissertação de mestrado "Pressões no trabalho e a criatividade no contexto organizacional", da psicóloga Virgínia Nogueira. O estudo também apontou que o abuso dos limites físicos e o trabalho sob pressão exercem reflexos negativos no desenvolvimento do empregado e o desmotivam.

A pesquisadora avaliou o funcionamento de uma das maiores redes de supermercado do país e identificou diferentes tipos de pressão que prejudicam a criatividade nas organizações. Os funcionários entrevistados eram chefes de seção, diretamente responsáveis pelos resultados de suas áreas.

De acordo com o levantamento de Virgínia, a pressão de tempo foi uma das mais comentadas pelos chefes de seção. Esse tipo de pressão, na opinião dela, está associado à sobrecarga de trabalho e, em alguns casos, relacionada à falta de pessoal. A auto-exigência elevada, as pressões da família e dos amigos e a cobrança exacerbada por resultados também foram apontadas com entraves para o desenvolvimento de estratégias criativas no ambiente de trabalho.

As estratégias para driblar essas pressões, segundo a pesquisadora, podem partir da empresa ou do funcionário. Os voluntários da pesquisa afirmaram ser possível equacionar as cobranças por meio de um bom planejamento pessoal de tarefas e de tempo. Outros sugerem trocar idéias e experiências com colegas de serviço como forma de enfrentar a sobrecarga de trabalho e as demais pressões do ambiente. Mas, para Virgínia, a empresa também tem um papel importante nesse aspecto, e deve desenvolver como estratégia de incentivo programas estruturados e de estímulo à criatividade.

A pesquisa foi desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Administração da UnB (Universidade de Brasília), sob orientação da professora Maria de Fátima Bruno de Faria.

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