terça-feira, março 04, 2008

Documento recuperado

heheheh... da velha inspiração dos poetas, faço uso e hoje apresento.
esse poema datado novembro do ano passado (2007), é referente a um encantamento da mesma época . Agora - grifo, só agora - que ele já nem faz sentido, em um suspiro ainda meio bobo, é que tenho coragem de publicar... Fica sem título, do que já está claro, não tem mais nada a ser dito!




Para ser sincera, ela ainda não descobriu o porquê de tamanha bobeira

Alguns minutos de conversa qualquer e o riso fica assim todo frouxo

Uma moleza incontrolável toma conta dela

Os olhos ficam amendoados,

no canto da boca aquela vontade de rir insistente.

Há dias/meses/ quiçá anos atrás, não sentia

Ela se perde

Não perdeu a fala porque é boa em disfarces

mas a voz amansa como uma criança, carente.

Faz bico para tudo que vai falar...

A tentativa de olho no olho é frustada

Aquele azul Cor d'água é tão claro que assusta

Dá medo só de pensar

Vê-los ao fundo um risco

Pode envolver-se friamente

E naquela água ficar adormecida

Que nem o passar dos anos possa recuperar

Lindo e envolvente. Ela frágil e inerente

Pobre menina, agora embebida no veneno desse escorpião

Que nada tem a ver com aquele do livro

A não ser, por ser atrevido, agressivo e insolente

De maneira que a menina, boba, nem consiga dizer não

De tonta que fica, a pálpebra pesa

O braço adormece e a pele amortece

Coitada, menina inocente

De repente fica até indecente, se os olhos fechar

Fulgáz, ele ali na frente, fala sem qualquer precedente de amar.

Concentrada para não se entregar

Ela tenta dispersar

Mas está tão envolvida, que mal consegue se controlar

Tinha um cronograma, não podia o ignorar!!

Mas aquela voz, aquele olho cor d'àgua

lhe desvia qualquer pensamento e faz a boca salivar

"Beijo!"

O fim da história não se materializa

Ela ainda meio perdida, fecha aos olhos e tenta em si voltar

Ele lhe retirou tanto a energia

Que tudo que ela fazia, já fazia sem pensar

Os deveres, os compromisso, os cronogramas

Ah, depois daquele azul cor d'àgua nem tem como lembrar...

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